DIA DE REIS
Hoje celebra-se o Dia de Reis. O que é o Dia de Reis? O que representam? Que significam? Que presentes?
Os três Reis Magos representam a humanidade. Os Reis Magos são: Gaspar, Melchior e Baltasar. Cada nome tem um significado…
Gaspar é “aquele que confirma” vem do Mar Cáspio e traz incenso.
Melchior ou Melquior - isto porque é aceite das duas formas na língua portuguesa, o seu nome diz “o meu Rei é Luz”, ele oferece ouro e vem de Caldeia, Ur.
Baltasar significa “Deus manifesta o Rei”, ele viajou desde o Golfo Pérsico e traz mirra.
Hoje, milhares, milhões de pessoas olham carinhosamente para os presépios que estiveram expostos em suas casas durante quase todo o mês de Dezembro. Olham atentamente para os Reis Magos e, para o menino Jesus. Quão frágil ele era…
Amanhã o dia é outro, amanhã as famílias começam a desmontar o presépio. Embrulham cuidadosamente cada peça. Um patinho… uma ovelhinha… tudo com muito cuidado, para não partir… Deixam tudo organizado para no final ano fazer novamente o presépio.
Amanhã muitos também começam a desmanchar a árvore de Natal. As farrifas verdes das árvores caiem no chão… dizemos… Ai que fico sem árvore!! Não, não ficamos… é só uma expressão.
Este ano, foi diferente, não apenas para a With Soul Tours, mas para todos. Foi um ano difícil. Sabemos através da nossa campanha de Natal “Onde está a tua árvore de Natal?” que muitas famílias fizeram as suas árvores de natal e presépios mais cedo, de certa forma, para tentar alegrar os dias que por si já têm sido tão difíceis. Pais que fizeram a árvore de Natal para pôr um sorriso na cara dos filhos que vêm a tristeza dos pais. Esposas ou maridos que fizeram a árvore para surpreender o outro ou para alegrá-lo(a). Pais, que ficaram sem trabalho e só com ajuda de terceiros é que conseguiram fazer a ceia de Natal. Famílias que tiveram de passar esta época separados. Pais que quiseram comprar um pequeno brinquedo para os filhos e não puderam. Pais que perderam as suas casas. Famílias separadas por este vírus. Entre tantas estórias que nos chegaram.
Foi um Natal com muitas emoções. Boas, más e muito más…
Agora, vamos cantar as janeiras. Uma tradição trazida pelos romanos. Naquela altura cantar as janeiras, “janas” ou “jano”, estava associado ao culto pagão, mas com o decorrer dos tempos, alterou-se. Cantar as janeiras é cantar de porta em porta, onde no meio da cantoria é invocado o nome dos donos da casa… quando acaba a cantoria, os donos servem comida e bebida ao grupo. Na idade média, cantar as janeiras servia para afastar os males e, para pedir alimentos. Nós aqui achamos que vamos cantar as janeiras para a janela até ficar sem voz, porque 2020 foi mau… e temos de afastar os males… Então não se admire se as crianças e os menos crianças saírem para cantar as janeiras. Tente assistir, em segurança claro.
As famílias hoje comem Bolo Rei! Uns com frutas cristalizadas, outros com frutos secos, de chocolate, com fios de ovos… o importante é marcar este dia… Agora… vamos comer bolo Rei. O Bolo Rei é originalmente da França. Foi Luís XIV quem o criou para ser comido entre o Natal e o dia de Reis. O Rei morreu… e o bolo foi proibido. Sabem quando é que este bolo veio para Portugal 1869, precisamente para a Confeitaria Nacional. Hoje devem ser filas imensas para comprar um daqueles bolos reis, deliciosos, quentinhos. Antigamente colocavam um brinde e uma fava no bolo, agora já não o fazem. Quem ficava com o brinde, era uma maravilha… agora a fava era outra história. Quem apanhava a fava tinha de pagar o próximo bolo rei. Recordo-me carinhosamente de um tio meu trincar uma bela fatia e quase partir um dente num brinde… ele bem se queixou, mas nós só fazíamos era rir…
Fica aqui o nosso agradecimento pelas vossas partilhas, pelas vossas árvores de Natal, pelos vossos presépios, pelas vossas estórias, pela PARTILHA, por nos terem deixado mostrar o vosso natal, a vossa casa, o vosso refúgio, o vosso cantinho deliciosamente decorado…
Lugares com alma, com alma d’gente…
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