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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

LAVADEIRAS DE OUTROS TEMPOS

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 É… antigamente não havia redes sociais. Não havia telemóveis. Os telefones eram poucos. Televisão, nem todos podiam ter, era um luxo. A máquina de lavar roupa era um sonho. E… Enquanto não passava de sonho, mas também de possibilidades para a adquirir, recorria-se aos filtros que tinham tanques comunitários. Os passeios que hoje fazemos, não eram feitos… Era uma voltinha até aos tanques, onde lavavam rodos de roupa. Foi ali naqueles tanques comunitários que surgiram as redes sociais… era ali o ponto de encontro e se punha a conversa em dia.  Na zona de Mafra as “saloias” ( mas com orgulho... ) arranjavam clientes em Lisboa, traziam as roupas para os tanques e afluentes de rios – isto a retroceder ainda mais no tempo, e lavavam ali a roupa das freguesas que davam a roupa ao rol. A saudosa atriz Beatriz Costa retrata bem no filme “Aldeia da Roupa Branca” o dia de lavar roupa das freguesas. Não era uma vida fácil. Mas os tempos mudaram… E ainda bem… Mudemos de região… Peniche. Antes de e

QUANDO O FADO NASCE CONNOSCO… POR SUSANA MONTENEGRO

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Comecei a cantar com 9 anos, em 1986. Eu ouvia os vinis do meu pai. Na verdade, eu fechava a casa toda e cantava… decorava os fados todos. Cantei pela primeira vez numa festa, o meu pai era marinheiro e não foi nada programado, chamaram-me e eu cantei. Cantei de coração aberto. Cantei o “Meu querido, meu velho, meu amigo”, é um fado que foi adaptado pelo Nuno da Câmara Pereira. Cantar sempre fez pate de mim, já nasceu comigo. Com 9 anos não me fez nenhuma confusão cantar com 3 guitarras portuguesas e 1 viola. Foi ali que vi que tudo fazia sentido, fiquei apaixonada. Na família sou a única que canta, sei que serei fadista até ao fim. Amo o fado. É importante referir que os meus pais sempre me apoiaram e levavam-me às associações ou casas de fado até atingir a maioridade. A minha mãe obrigava-me sempre a preparar-me antes de qualquer espetáculo, nem que fosse só para cantar uma música, mas tinha de ir preparada. Eu vivia em Porto Salvo quando comecei a cantar e, fui participando em peque

CARNAVAL

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O Carnaval surgiu no nosso cantinho no século XI… Foi a igreja católica que definiu 40 dias de jejum antes da Páscoa, a Quaresma. Os 3 dias que antecediam a Quaresma… Era a desbunda total! Era nesses 3 dias que as pessoas se juntavam, comiam e bebiam e, até escolhiam um Rei… Eram os dias gordos. O “carnis” e “valles”, resumindo: prazeres da carne. E isto diz tudo… O carnaval de Veneza surge exatamente na mesma altura. Nós, levámos o carnaval para as nossas colónias… e foi já no séc. XVII que chegou ao Brasil. Mais tarde, surgiram os bailes de máscaras, durante o Reinado de D.João IV, mas só em 1830 foi permitido a todos participar. O samba, surge só no início do século XIX. Em Lisboa , também se celebrava o Carnaval com um grande corso. Nesta foto é possível ver um desfile na Rua Garrett, a continuação da rua ia dar aos Armazéns do Chiado. A imagem espelha bem a vida que havia naquelas casas… as varandas pareciam que iam explodir com tanta gente… mas aqueles eram os residentes daquelas

CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DO VARATOJO

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 Este belo convento situa-se no Varatojo, no concelho de Torres Vedras . Foi construído em 1474 e, este foi o único edificio mandado construir pelo Rei D.Afonso V. Mas já vamos à história dele neste convento… No seu interior, tem uma pequena entrada com uma escadaria com azulejos que na altura da revolução (1910) foram todos picados por quem tentava entrar à força naquele convento, foram sem dúvida uns portões de ferro, grandes, que deteram as gentes e protegeram tudo e todos no seu interior. Atualmente, podemos entrar aqui, porém temos de o pedir… há uma corda com um sino que dá o alerta ao frade que está gente à porta. O sino faz Bélem… blem… blom… e lá vem o frade, vestido com a sua capa castanha, receber os visitantes. No seu interior uns claustros com um jardim no meio, um pequeno riacho que serpenteia todo o jardim com peixes dourados… Durante as festas Antoninas, ali costuma estar um tapete feito de flores. Aliás, por todo o convento – e, apenas durante estas festividades são in

CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DA CONVALESCENÇA DE LISBOA

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 Este convento data do século XVII, pertencia à ordem dos Frades Franciscanos Capuchos. “A casa” era constituída pelo Convento, claustro, igreja e, cerco de recreio e produção, atualmente apenas existe o convento.  O convento adquiriu o nome de “convalescença” porque era um hospício que recebia os crentes em recuperação, só posteriormente é que seria elevado a convento. Convento de Santo António da Convalescença | Exterior | Fachada norte José Vicente 02-09-2015 © CML | DMC | DPC | José Vicente 2015 Quis, a Rainha D. Maria I, que quando construíram o Aqueduto das Águas Livres, os chafarizes da convalescença também fossem abastecidos. É o Chafariz das Águas Boas, ou de Santo António da Convalescença.  Anos mais tarde com a extinção das ordens religiosas, o edifício é vendido por 5 contos e 600…e transforma-se numa escola técnica, depois numa escola preparatória e, finalmente, na Universidade Internacional, que acabou por encerrar portas. Foi em 2008 que as portas se encerraram permanent