É… antigamente não havia redes sociais. Não havia telemóveis. Os telefones eram poucos. Televisão, nem todos podiam ter, era um luxo. A máquina de lavar roupa era um sonho. E… Enquanto não passava de sonho, mas também de possibilidades para a adquirir, recorria-se aos filtros que tinham tanques comunitários. Os passeios que hoje fazemos, não eram feitos… Era uma voltinha até aos tanques, onde lavavam rodos de roupa. Foi ali naqueles tanques comunitários que surgiram as redes sociais… era ali o ponto de encontro e se punha a conversa em dia.
Na zona de Mafra as “saloias” (mas com orgulho...) arranjavam clientes em Lisboa, traziam as roupas para os tanques e afluentes de rios – isto a retroceder ainda mais no tempo, e lavavam ali a roupa das freguesas que davam a roupa ao rol. A saudosa atriz Beatriz Costa retrata bem no filme “Aldeia da Roupa Branca” o dia de lavar roupa das freguesas. Não era uma vida fácil. Mas os tempos mudaram… E ainda bem…
Mudemos de região… Peniche. Antes de existir os filtros com os tanques comunitários, a roupa era lavada nas “pocinhas”, à entrada da Praia Grande. Pois… mas a Praia Grande já não existe… agora há um porto de pesca e uma estrada que liga o istmo de Peniche. A minha avó contou-me que era ali que em tempos lavavam a roupa. Estendiam a roupa em cima de pequenos arbustos, ramos e raminhos. A corar… que significa simplesmente aclarar com a ajuda do sol. Depois, ao fim do dia, era vê-las a regressar a casa, com a roupa já seca, e engomar com um ferro quente. As mulheres de Peniche tinham uma vida dura na altura, pois além de toda vida doméstica que tinham, além de cuidar dos muitos filhos, ainda ajudavam os maridos a atar redes (remendar redes), a preparar o peixe que chegava da faina. Depois surgiram os tanques comunitários e ainda há um que resiste. Fica em Peniche de cima. Em dias soalheiros era ver roupa… tapetes… passadeiras… carpetes… tudo estendido ao sol. Solinho do bom!
Para vocês se entreterem têm aqui o filme completo da Aldeia da Roupa Branca – um clássico do cinema português.
Pedro cresceu em Runa. Viveu ali… 37 anos. As gerações que ali viveram regridem até aos seus bisavós, as suas raízes são bem profundas. Traz Runa no coração. O amor que tem pela aldeia é imenso. Atualmente existe um pequeno, mas grande movimento chamado “A Baloiçar”, Pedro conhecia já alguns, embora já tenha tido a ideia de criar um baloiço como forma de atrair pessoas, de dinamizar aquele local, mas principalmente o de dar a conhecer Runa. Isto foi o que o Pedro fez. Mas existem muitos outros " Pedros " em Runa, com Runa no coração, ansiosos por mostrar os cantos e recantos cheios de encantos desta aldeia entre montes e vales. Foi no final de 2020, propôs a colocação de um baloiço ali, no topo da Quinta do Penedo. A ideia surgiu em aliar o Parque de Caravanas (ainda em projeto) ao baloiço, ajudando a uma maior dinâmica de pessoas e ajudando a economia local, além de ajudar a divulgar o património de Runa. A vista é fenomenal. Dali avista-se montes e vales. Fica ao lado do
A Graça - zona de Lisboa localizada numa das colinas mais elevadas da capital, é ponto de paragem e visita obrigatória para quem visita Lisboa. É a partir do Miradouro da Graça que as vistas são as mais belas. É ali que centenas de pessoas de todos os cantos do Mundo, param para observar a cidade, o Castelo, o Tejo e ao fundo, o Cristo-Rei que estende os braços como que a abençoar quem cruza o Tejo e toda Lisboa. Ali, em 1371, os frades Agostinhos circulavam junto daquele miradouro entre os seus afazeres. Foi nesse mesmo ano que, por ordem de D. Fernando que esta zona passou a estar dentro das muralhas da cidade. A Graça nesta altura não era mais que o Convento de Santo Agostinho - que posteriormente assume o nome de Convento da Graça, lado a lado com campos de cultivo. Aquela zona não era de todo a predileta, ou "in" para se residir, no entanto os nobres viram esse ponto como uma oportunidade de ali construírem os seus sumptuosos palacetes. De entre os diversos palacetes a
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